Navegar e navegar é
preciso navegar cantam os hinos invisíveis.
E quando se nada
contra a corrente?
Significa ele não mais
querer dar ouvidos a esse canto chato ou que de tanto ouvir ficou surdo o
pequeno peixe?
Para quê a rua se me
enfureço com o que vejo?!
Não o desisti. Descansei.
Não tardará o
instante do impulso que de mole o corpo saltará à vida.
Prometeria se
prometer o pudesse.
O todo eu sou o que
penso e não penso. E enquanto não penso mergulho no oceano dos que pensaram por
mim. É ali que deve estar o tesouro. Nem tão secreto que não possa ser achado
nem tão simples de ser facilmente encontrado.
Requer e requer.
Antes de rebelar-se
contra a corrente por saber-se peixe pelo raso nadava distraído. Tocava o chão
e isso o entristecia. Não pode ser só isso. Não pode.
Todavia o vivia.
Vítima da cartilha.
Na realidade
disfarçada de poesia.
Se fiz parecer-me
cruel, lamento. Não foi minha intenção.
Há de se ter uma
causa nessa rebeldia.
Lhe tirei um só
segundo do coração.