29 maio 2013


Navegar e navegar é preciso navegar cantam os hinos invisíveis.
E quando se nada contra a corrente?
Significa ele não mais querer dar ouvidos a esse canto chato ou que de tanto ouvir ficou surdo o pequeno peixe?

Para quê a rua se me enfureço com o que vejo?!
Não o desisti. Descansei.
Não tardará o instante do impulso que de mole o corpo saltará à vida.
Prometeria se prometer o pudesse.

O todo eu sou o que penso e não penso. E enquanto não penso mergulho no oceano dos que pensaram por mim. É ali que deve estar o tesouro. Nem tão secreto que não possa ser achado nem tão simples de ser facilmente encontrado.
Requer e requer.

Antes de rebelar-se contra a corrente por saber-se peixe pelo raso nadava distraído. Tocava o chão e isso o entristecia. Não pode ser só isso. Não pode.

Todavia o vivia.
Vítima da cartilha.
Na realidade disfarçada de poesia.

Se fiz parecer-me cruel, lamento. Não foi minha intenção.
Há de se ter uma causa nessa rebeldia.
Lhe tirei um só segundo do coração.



Andy Gercker 
15 Maio 2013
RJ  

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